segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Dinheiro da Raríssimas paga viagens, BMW e vestidos de luxo - Parte 1

A presidente da associação Raríssimas, Paula Brito e Costa, estará a usar dinheiro da instituição, que recebeu quase um milhão de euros do Estado em 2016, para levar uma vida de luxo.
Segundo revela este sábado uma reportagem da TVI, a Polícia Judiciária está a investigar a gestão financeira da associação sem fins lucrativos Raríssimas, instituição criada para apoiar cidadãos portadores de doenças raras e deficiências mentais, que vive de donativos e de subsídios do Estado.
Em causa, diz a reportagem da TVI, conduzida pela jornalista Ana Leal, poderão estar mapas de deslocações fictícias, a compra de vestidos de alta costura, gastos pessoais em supermercados, o leasing de uma viatura BMW de alta cilindrada e o pagamento de viagens ao estrangeiro.
A investigação da TVI expõe centenas de documentos que podem comprometer a gestão da actual presidente da instituição solidária, Paula Brito e Cunha, e coloca em causa a actuação do actual secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, enquanto consultor da associação Raríssimas.
A TVI tentou ouvir o secretário de Estado da Saúde, que se recusou a dar uma entrevista. Por escrito, Manuel Delgado, esclareceu que a sua função como consultor, consistiu numa colaboração técnica na área de organização e serviços de saúde na Casa dos Marcos, nunca tendo participado em decisões de financiamento.
A investigação coloca ainda em causa Sónia Fertuzinhos, deputada do PS e esposa do ministro Viera da Silva, que terá feito uma viagem à Noruega paga pela associação, e que  recusou prestar declarações.
A reportagem revela, entre outros, facturas de um vestido de 228 euros, de uma conta de 821 euros em compras, de uma despesa de 364 euros no supermercado, dos quais 230 dizem respeito a gambas, e da prestação de um carro BMW para uso pessoal da dirigente da associação, com o custo mensal de 900 euros pagos instituição.
Mas além da viatura, Paula Brito e Costa cobra à associação as deslocações diárias de casa para o trabalho, declarando que estas eram feitas em carro próprio.
No entanto, o carro que Paula Brito e Costa usa para fazer esse trajecto pertence à Federação de Doenças Raras, associação da qual foi presidente e na qual, diz a TVI, auferia 1315 euros – acrescidos de 540 euros para despesas de deslocação.
Além dos 3000 euros mensais de vencimento base, Paula Brito e Costa recebe por mês na Raríssimas 1300 euros em ajudas de custo isentas de imposto, 1500 euros em deslocações e 800 euros de um Plano Poupança Reforma.

(Retirado do site MSN)

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