sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Soldados - Rolando 1ª parte








Em toda Europa medieval, surgiram lendas de soldados muito dados a virtudes e heroísmo o que contribuiu para o caracter geral da nobreza nessa época. Sabendo que os heróis são necessários em todas as sociedades existe uma forte tendência de engrandecer seus feitos e quanto menos os poetas sabem da historia mais inventam sobre a mesma. Foi o que aconteceu com a lenda de Rolando que era um dos 12 guardas de élite do rei e futuro imperador Carlos Magno. Como sempre acontece em todas as historias há sempre duas versões e vou começar pela lenda.

Apesar ter lido a lenda há já algum tempo ainda lembro os traços gerais e irei descreve-la o mais pormenorizadamente possível. Na lenda que lembra um filme do Jean Claude Van Damme, existe o herói que é o Rolando, a namorada do herói  (Aude), o escudeiro do herói, os amigos do escudeiro, os amigos do herói, o vilão da história que neste caso seria o padrasto (na segunda parte escreverei o nome deste cast todo) e ainda haviam os inimigos do herói que também eram inimigos do vilão mas que entretanto fizeram as pazes. Não se percam nisto ta? Ahhh... Havia também o cavalo e a espada do Rolando. 
Bom, rolando era sobrinho do rei Carlos Magno de França. Este rei tinha comos erai esperar muitos inimigos e quando os mesmos já estavam mortos o rei com toda sabedoria real inventou outro para se ocupar e sabia como derrota-los todos de maneira diferente até que ficando sem inimigos na França desviou-se da tática habitual para dar uma tareia desta vez aos mouros hispânicos , isto para cumprir um acordo que havia feito com outro mouro que depois não cumpriu com a promessa feita, enfim uma salada russa metendo politica e fé francesa que somada a politica e fé islâmica obviamente não poderia resultar.
Continuemos, depois de invadir o norte Espanha o rei avançou à pressa para sul atacando e conquistando cidade atrás cidade, sempre com os súbditos a tentar acompanhar o passo do cavalo real e chegando a Saragoça montou tenda, bateu com os pés no chão e disse só sairia dali quando a cidade caísse em suas mãos. Depois de por varias vezes serem repelidos pelos habitantes da cidade Carlos berrou ordem para que a cidade lhe fosse entregue o que não aconteceu. Depois de tentar o cerco e outras políticas de ataque o rei deu o dito por não dito, levantou o rabiosque da cadeira, montou a cavalo e jogou a batata quente nas mãos de quem quisesse ter protagonismo. Foi nesse dia que lhe apareceu Rolando. Homem, valente como um leão, teimoso com o cavalo que montava e inteligente como um asno, Rolando era o típico cavaleiro medieval, ensinado seguindo os padrões da época Rolando só sabia fazer três coisas, estar com a namorada, manejar uma espada e seguir em frente no campo batalha. A ordens eram simples, o castelo tem de ser entregue para haver uma paz douradora entre francos e os mouros da península ibérica. Ora na mente mentecapta de Rolando o único jeito de o fazer era através do massacre dos mouros, mas o padrasto de Rolando proponha diplomacia e é aqui que as coisas seguem um rumo obscuro.
Nas conversações ambas a partes acusaram-se de traição, incompetência e outros insultos pouco dignos e depois de alguns gestos indignos com dedos e sei la que mais, Rolando bazou da zona. O padrasto (vilão da historia), arranja um plano com o rei mouro Marsílio e outros mouros (portanto amigos do mau e inimigos do bom) e para conseguirem a paz resolveram fazer a guerra. (Perceberam alguma coisa?)
Quando Rolando já se encontrava muito mais para norte, algures perto de Roncesvales, Navarra, foi atacado a 15 Agosto do ano de 778 pelos mouros e teimoso como era, recuso pedir ajuda ate já ser tarde demais.
Apesar de não ter bebido nenhuma poção magica como Astérix aparentemente fizera 800 anos antes o cavaleiro avançou com sua pesada espada contra os inimigos da fé cristã provando aos seus conterrâneos que afinal ele sabia o que fazer com um pedaço de ferro cortante e afiado.
E enquanto Rolando avançava contra os infiéis provocava baixas nos inimigos que avançavam contra os franceses determinados em abater aquele valente soldado que combatia com todas as forças que Deus poderia entregar a um só homem. Foi uma luta valente, cheia de glória e heroísmo com homens caindo de ambas as partes, enfim um feito notável que serviria de inspiração ás gerações futuras.
   Como seria esperar a superioridade numérica conta sempre e apesar do heroísmo francês os 20 mil soldados caíram um a um como as folhas caem no outono até que no fim vendo que os seguidores de Maomé haviam sido aconselhados pelo seu padrasto Rolando percebeu o quão gravosa era sua situação. Todo transpirado, com o corpo coberto de sangue dos inimigos, resolveu chamar por apoios que veio tarde e mal.
  A brecha de Rolando
Mesmo sabendo não havia escapatória possível pegou em sua espada, jogou-a contra um rochedo da passagem de Roncesvales e permitiu desse modo que restantes soldados fugissem dos perseguidores.

    A morte de Rolando
Depois há a tal cena em que o rei, chega, chora no corpo do sobrinho (pois pois), manda castigar o padrasto e sociedade limitada, e para fazer disto uma historia ainda mais parecida com uma tragédia grega a namorada que nada teve a ver com toda a historia sabendo que o amado morreu também morre, enfim uma confusão a nível geral. Acho que quem se deu bem neste historia toda foi o cavalo que casou com a espada.
Carlos Magno

Enfim, esta lenda que foi talvez a primeira a surgir naquela zona, com martírio de cavaleiros cristãos é uma lenda cheia de heroísmo, bonita para quem consegue visualizar as cenas mas... uma verdadeira treta. E porque?
Veremos na 2ª parte




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