terça-feira, 12 de novembro de 2013

Soldados- Rolando Parte 2




Resumo pagina anterior:
Apresentei a lenda da Canção de Rolando e agora
vou apresentar a realidade.

Antes de mais Rolando não era nenhum simples cavaleiro, era conde e pertencia à Guarda de Elite do rei Carlos Magno. O padrasto era Ganelão que é um personagem fictício, a espada era a Durindana e o cavalo tinha o nome de Vigilante. O rei com cerca de 36 anos havia invadido a Espanha como parte de um acordo feito com alguns reinos mouros que eram ameaçados pela cidade de Saragoça governada por Marsírio portanto nada tinha a ver com guerras de religião. Marsírio foi um general que se tornou governante de Saragoça, através de feitos militares que incluíram fazer guerra aos franceses. Era um homem imprevisível, sádico e violento. Registos históricos indicam que assassinou o próprio filho sem ter em consideração factos que o davam como inocente em actos de cobardia em combate. Rolando que tinha ficado a guardar a retaguarda do exército francês, em vez de se dirigir directamente para a fronteira, atacou algumas cidades Bascas cristãs que se reorganizaram e contra atacaram a retaguarda do exercito francês, reavendo desse modo uma parte do saque que havia sido roubado. O facto de ser atacados por surpresa deixou os franceses derrotados e o conde Rolando faleceu em combate com seus aliados. Segundo a lenda Carlos Magno chorou sobre o corpo do sobrinho, mas isso é pouco provável pois o suserano  francês era um homem habituado à guerra e numa época em que metade dos nobres morria de causas não naturais, não seria uma morte em combate que faria um rei chorar. A vingança contra Marsírio deu-se no ano seguinte e a morte do mesmo só aconteceu muitos anos depois. O facto de a lenda incluir islâmicos a matar Rolando deve-se ao facto da mesma ao ser divulgada nas cortes francesas, séculos mais tarde, foi apregoada quando a Europa estava em guerra contra os islâmicos. Alem de conseguir unir os cristãos contra um inimigo comum, a lenda omitia o facto de um rei cristão atacar uma povoação que nada tinha a ver com os combates entre Marsirio e Carlos Magno. Embora a realidade histórica seja sempre abafada pela lenda com um heroísmo quase super-humano convém não esquecer que é devido a lendas como esta e outras que a intolerância religiosa se alastrou na Europa, modificando de modo absoluto a formação da Europa nos anos vindouros.

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