quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Patrão roubado


 


Li num artigo algum tempo atrás que certo armazém no Funchal situado em S. Roque foi assaltado e "subtraíram" dinheiro da caixa. Não sei se foi todo se foi só alguma parte mas duvido que o aventureiro que fez essa manobra se tenha ficado só por algumas notas, em minha opinião o "espertalhão" que o fez deve ter aliviado a caixa por completo. 

Tirar dinheiro em minha opinião é crime e quem o fez deveria prestar contas á justiça, caso contrario tal atitude acabará por servir de modelo a futuras situações e isto depois ainda fica um faroeste, no entanto, depois de prestar um pouco mais de atenção á descrição do local e localização deu por mim a dizer "ahhh, é este gajo..." pois não só eu como dezenas ou talvez centenas de madeirenses sabem onde se localiza este armazem e pelas piores razões. Mais uma vez quero deixar bem claro que o roubo é em minha opinião um crime que deveria ser penalizado com mão pesada pelas leis portuguesas mas tendo em consideração o que eu e muitos madeirenses sabemos sobre a referida empresa, eu adiciono outra questão, ao "quem foi?" e que muita gente tambem  fez aquando do roubo:
"De que é que o referido patrão estava á espera?" e isto porquê???
Minha questão tem uma resposta simples. A referida entidade patronal tem uma equipa no armazém que é renovada constantemente na medida em que o "senhor" M. muda de funcionários mais rapidamente do que um bebé muda fraldas. Em alguns meses que lá estive reparei entravam e saíam tantos funcionários na empresa que desisti de decorar o nome dos mesmos. Este "senhor" M. tem um modo peculiar de tratar os funcionários abaixo de cão, usando uma mentalidade que se aproxima muito do sadismo, pois esta personalidade usa insultos, ofensas e ameaças para denegrir os empregados, muitas vezes junto de colegas, para depois de ter o serviço prestado, ao fim do tempo de experiência os enviar para o centro de desemprego, chamando-os de incompetentes, que não servem para trabalhar, que não são o que ele precisa, etc. Não sou polícia, nem psicólogo, pouco sei sobre a raça humana, mas tendo olhos na cara, e uma inteligência mediana, decerto não estarei longe da verdade ao afirmar de que quem terá cometido o referido "desvio" foi algum ex- funcionário que lá esteve e não viu a cor do salário. Permitam só mais uma pequenita "estória" sobre esta personalidade. Enquanto lá estive conheci uma funcionária que junto com a filha apos um periodo serviço de duas e uma semana respectivamente, receberam como salário... 25 euros. Fazendo as contas e dividir por um total de 3 semanas (mãe + filha) dá cerca de 1.6 euros/dia, numa época em que o salário mínimo andava pelos 370 euros/mês mais coisa menos coisa. Com situações como esta, vem depois a entidade patronal chorar junto das entidades competentes de certa secretaria regional que precisa funcionários e que não lhe aparece gente à porta. 
*Esta "peça" já pensou por um minuto de que quem trabalha deste modo tem despesas (por ex. transporte) que depois não são compensam devido a estas atitudes?
*Esta gente faz ideia do quanto prejudicam a economia não só familiar mas tambem regional com estas atitudes?
*Esta pessoa sabe o quanto custa uma pessoa se levantar todas as manhãs, organizar sua vida pessoal, levar filhos á escola, apanhar autocarro para ir até esse armazém que fica numa zona fria do Funchal, estar a trabalhar ouvindo insultos e ameaças de despedimento, ir para casa stressado, para no dia seguinte passar pelo mesmo e no final do mês se receberem um valor é muitas vezes inferior ao que o dito patrão propôs aquando a entrevista?
Não, decerto o Srº M. da empresa situada em S. Roque no Funchal, perto da bomba gasolina não faz a mínima ideia do prejuízo que ele fez e continua fazendo á economia regional. E o pior de tudo é que ainda não houve alguma entidade governamental ou judicial que metesse o referido "bronco" na linha.
Pelo menos agora se eu voltar a ler algum artigo indicando mais um roubo ao local ou pior uma agressão ao referido "empresário" eu e muitos madeirenses diremos algo do tipo "que é que ele estava á espera?"

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